segunda-feira, 18 de maio de 2009

Benzem-se fitas, queimam-se os últimos cartuxos.


A cerimónia foi arrepiante e tocante: a multidão; o simbolismo; o relembrar e o consciencializar de que os momentos que passámos não se vão repetir; o pensar que vamos deixar de lidar com tudo aquilo que fomos cravando em nós nos últimos anos, com tudo aquilo que tivémos como certo e sabido. Fazer essa retrospectiva e análise custa. Isso e a nostalgia, que começa (precocemente) a invadir-nos.


É um misto de sentimentos... o deixar para trás de tudo o que se construiu, ainda que isso só tenha a beleza que tem por ser irrepetível, por só fazer sentido no tempo que foi e como foi. E este salto que damos agora para a frente, talvez maior que a perna, representa mais um pouco da vida adulta que se aproxima e da qual não podemos fugir, dê por onde der. Isso assusta; a liberdade e a oferta de um tudo assusta, porque encerra em si muita responsabilidade...


Tenho receio que a vida nos afaste, mas sei que nada é por acaso (termo-nos conhecido e aproximado não foi uma simples coincidência!), e que se tudo o que somos é de facto tanto; se somos sempre todos, mesmo quando estamos só alguns - como eu acredito que sim ! -, nada se desvanecerá.


Quanto ao que me escreveram - familiares, amigos, íntimos - trouxe-me lágrimas de alegria e orgulho em mim mesma!


A TODOS VÓS UM OBRIGADA!!!

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